top of page
Cirurgia de Nariz
Como o nariz influencia a vida de uma pessoa
O nariz apresenta duas grandes estruturas ósseas que merecem destaque na nossa conversa. A primeira delas é a base óssea e a segunda são os ossos nasais propriamente ditos.
O nariz está no centro da face. É ao redor do nariz que todas as outras estruturas da face harmonizam e se encaixam, de maneira suave ou marcante. O nariz conta nossa história, de onde viemos e nossos traumas passados. Quando harmônico, traz suavidade, descanso e serenidade.
E é exatamente por essa importância que as cirurgias do nariz podem ser um divisor de águas na vida de quem procura por uma melhora estética, pós-traumática ou por uma adequação que traga mais harmonia à face ou melhora da função respiratória.
Antes de falar sobre os tipos de nariz, precisamos diferenciar um pouquinho suas estruturas, tipos de pele do nariz e anatomia para vocês entenderem alguns pontos de decisão que tomamos juntos durante a consulta pré-operatória.
Anatomia óssea do nariz
O nariz apresenta duas grandes estruturas ósseas que merecem destaque na nossa conversa. A primeira delas é a base óssea e a segunda são os ossos nasais propriamente ditos.
Base óssea do nariz
A base óssea do nariz e a abertura piriforme, nome que damos ao “buraco” do nariz na face, são estruturas essenciais de serem avaliadas durante a programação de uma cirurgia de nariz. Ela pode ser normal, estreita ou alargada, conferindo as características individuais de cada um.
Narizes de base normal apresentam uma proporção preservada entre a pirâmide nasal, distância entre o canto dos olhos, da boca e distância horizontal da face.
Narizes de base óssea estreita, em geral, estão presentes em faces longas, com comprimento vertical maior que o horizontal e podem acarretar em dificuldade na passagem de ar por causa do pouco espaço entre as estruturas.
Já os narizes de base óssea ampla, são narizes que aparentam ser mais largos, com afastamento da pirâmide e, de modo geral, de dorso baixo e pouco projetados. É o caso dos narizes denominados étnicos, de população negra, indígena e asiática, em que a estrutura óssea do restante da face possui contornos e definições bem marcadas e bonitas, mas com um nariz proporcionalmente pequeno e largo para a face.
Tipos de ossos do nariz
Falando sobre os ossos próprios do nariz, a avaliação é mais simplificada, podendo ser classificados ossos retos, ou seja “em V”, e ossos com irregularidade, também chamados de osso “em S”, como descrito na imagem do artigo abaixo.
Apesar de parecer pouco relevante, essa anatomia é uma das mais importantes na decisão do tipo de Rinoplastia a ser realizada.
Ossos em V, retilíneos e belos não precisam ser tirados, podendo ser preservada a anatomia e beleza natural com resultados mais harmônicos e duradouros a longo prazo.
Já os ossos em S podem em alguns casos ser remodelados e em outros precisam ser retirados, com necessidade de reconstrução de outras estruturas que comentaremos abaixo como a válvula nasal interna.
Tipo de pele e cartilagem
Além da parte óssea, outra importante característica do nariz a ser avaliada é o tipo de pele. Narizes de pele grossa têm uma relação quase que indispensável com cartilagens mais delicadas e de pouca sustentação. Em contrapartida, narizes de pele fina apresentam cartilagens resistentes, marcadas e fortes.
Isso repercute na aparência externa quando pensamos na analogia de uma estátua coberta por um lençol ou cobertor. Se a estátua tem contornos marcados, ângulos fortes e bem definidos e recoberta por um tecido fino, como um lençol, o aspecto é de traços mais delicados e finos. Mas, se a estátua tem pouca definição e é coberta por um cobertor grosso, temos mais dificuldade em diferenciar os detalhes do que foi esculpido e para isso, em geral, tratamos a pele para que afine e se torne menos oleosa e, com isso, depois de operar, o paciente obter o resultado mais próximo possível do planejado.
E agora depois disso tudo, vamos pra parte que interessa!
Tipos de cirurgia de nariz
As cirurgias de nariz podem ser indicadas para resolver incômodos estéticos ou problemas funcionais causados por má formações congênitas, traumas, hipertrofias e cirurgias anteriores.
Essas cirurgias são conhecidas como Rinoplastia Estética, Rinoplastia Funcional e Reconstrução Nasal. Pra não ficar confuso, vou trazer um pouco mais sobre elas, sobre seus subtipos e indicações mais frequentes.
Tipos de Rinoplastia
A Rinoplastia Estética é realizada para melhorar a aparência do nariz, como a correção de um nariz desproporcional em relação ao restante da face (e portanto menos harmônico), redução de um dorso alto, afinamento da ponta, tratamento da ponta caída, diminuição das narinas e correção estética de um “nariz torto”. Essa ainda se divide em tradicional, estruturada, preservadora e de aumento. Mas antes vamos falar um pouquinho sobre alguns aspectos comuns a todas as rinoplastias e sobre o tratamento da obstrução nasal.
O que é Rinoplastia Primária e Secundária?
Um termo muito utilizado e muito comum de nos perguntarem é sobre o que é Rinoplastia Primária e Secundária.
A Rinoplastia Primária é aquela cirurgia em que a paciente nunca operou o nariz antes, nunca foi “mexido” e não teve procedimentos prévios.
Já a Rinoplastia Secundária, ou Rinoplastia de Revisão, é uma cirurgia realizada para corrigir problemas que persistem ou que foram causados por uma rinoplastia anterior.
Além disso, as rinoplastias podem ser diferenciadas pelo tipo de cicatriz em abertas ou fechadas. A Rinoplastia Aberta consiste em uma incisão na columela, que é nome da pele entre as narinas, para permitir um acesso mais amplo ao interior do nariz, muitas vezes necessário em casos com grandes mudanças no formato e posição da ponta do nariz ou de cirurgias de revisão.
Na Rinoplastia Fechada todas as incisões são feitas dentro do nariz, por isso não há cicatriz visível, mas é indicada em casos selecionados e, infelizmente, não pode ser realizada em todas as Rinoplastias.
Já a Rinoplastia Funcional, como o nome diz, é feita para melhorar a função respiratória do nariz, seja por meio da correção de um desvio de septo nasal, reparo de uma válvula nasal colapsada ou obstrução nasal, ou seja, nariz entupido por hipertrofia de cornetos.
Tipos de Rinoplastia Funcional
Assim como a Rinoplastia, existem subtipos de Rinoplastia Funcional.
As três divisões básicas da Rinoplastia Funcional são:
-
Septoplastia, que é o tratamento dos desvios de septo;
-
Tratamento da hipertrofia de cornetos, seja ela endoscopia ou não;
-
Reconstrução das válvulas nasais interna e externa.
Quais são os tipos de Septoplastia?
Na Septoplastia tradicional, ou seja a Killian, fazemos uma incisão no interior do nariz para acessar o septo nasal e remover o osso e a cartilagem desviados e que causam dificuldades para respirar.
Outro tipo de Septoplastia trata os desvios de septo de maneira diferente, resposicionando as estruturas presentes quando elas são desviadas, mas sem grandes tortuosidades.
Chamada de Swinging Door, ou reposicionamento septal, essa técnica consiste em reposicionar o septo desviado, preservando a maior parte da sua estrutura, trazendo-o para a frente em movimento de balanço e com a vantagem de possuir maior resistência, integridade e manutenção do resultado a longo prazo, além de aumentar a sustentação e projeção da ponta, diminuindo a altura da giba.
Apesar de parecer a técnica ideal, ela não é aplicável a todos os casos pois depende muito de um desvio de septo em que ele é mais mal posicionado do que torto em si.
Como terceira opção existe também a Septoplastia Extracorporea, em que o septo nasal é completamente retirado, reconstruir e recolocado. Está é uma técnica muitas vezes de exceção e reservada a casos de desvios de septo muito exuberantes.
Todos estes tipos de Septoplastia podem ser realizados em conjunto ou separadamente da Rinoplastia Estética, com ou sem auxílio de instrumentos endoscópicos.
Quando uma Rinoplastia é funcional?
A Rinoplastia Funcional busca o tratamento do famoso “nariz entupido” por meio da desobstrução do fluxo de ar causado pelos cornetos inferiores.
Muito frequentemente, pacientes que se queixam de obstrução nasal apresentam importante hipertrofia de cornetos, ou seja, a principal estrutura responsável pela umidificação e turbilhonamento do fluxo de ar, cresce de maneira anormal e mais atrapalha do que ajuda o ar a passar pelo nariz.
Nesses casos, além do seguimento e tratamento das questões alérgicas, cessar exposição a fatores irritatitivos como o cigarro, fumaça e poeira, pode ser necessária a diminuição cirúrgica desses cornetos para desobstrução do fluxo de ar.
Qual é o melhor tipo de rinoplastia?
Muito aqui foi explicado, cheguei até aqui e tudo bem, mas é aí? Qual a Rinoplastia indicada para mim? Tradicional? Preservadora? Estruturada? De aumento?
Depois de tudo isso agora vocês entendem um pouquinho mais sobre um pouco do que avaliamos em uma consulta pré-operatória de Rinoplastia Estética.
Os primeiros relatos de Rinoplastia Estética sao do início do século passado, publicados pela primeira vez por Jacques Joseph, sendo considerada a Rinoplastia Clássica ou Tradicional.
Nessa técnica as estruturas do nariz que eram consideradas inestéticas eram ressecadas e as irregularidades removidas. Apesar de ainda haver indicação em alguns casos atualmente, essa técnica com o passar dos anos causava importante insatisfação estética por causa das deformidades que causava e por causa das complicações respiratórias com insuficiência de válvula nasal interna e externa.
Com isso, no final do século XX, a Rinoplastia estruturada ganhou força e marcou os últimos 30 anos que passaram. Com o uso de enxertos de cartilagem, muitas vezes do septo nasal, orelha e costela, a Rinoplastia Estruturada corrigia as deformidades causadas pela técnica de Joseph com resultados previsíveis e padronizados.
É uma técnica excelente para os casos em que é preciso desconstruir para poder reestruturar de maneira harmônica e elegante, como nos casos de pacientes com ossos nasais muito irregulares e com tortuosidades muito acentuadas. Mas, infelizmente, essa técnica precisa obrigatoriamente da desconstrução de estruturas essenciais como a válvula nasal interna e sua reconstrução, estando sujeita a variações no pós-operatório de longo prazo.
E por isso hoje discute-se entre os principais especialistas a Rinoplastia Preservadora. Surgida pela primeira vez contemporânea à Rinoplastia tradicional, no início do século XIX, ela caiu no esquecimento em contraste à facilidade de execução da técnica de Joseph.
Mas, infelizmente, ela não é uma técnica universal e tem suas indicações e contra-indicações. E é por isso que a pergunta abaixo é fundamental.
Como escolher um cirurgião para a minha cirurgia de nariz?
Seu cirurgião deve ser alguém capacitado tecnicamente, é claro; qualificado, atualizado e com a experiência necessária para levar o seu procedimento adiante de maneira segura e que saiba lidar com quaisquer possíveis intercorrências – um risco inerente a qualquer procedimento cirúrgico.
Mas, além disso, é preciso que o seu cirurgião seja de sua confiança, que vocês estejam em sintonia com aquilo em que você acredita em termos de estética, beleza e de cuidados, que esteja disposto a alinhar a sua expectativa às possibilidades de melhores resultados e com quem você se sinta bem para discutir todos os aspectos dessa decisão tão importante.
Seu cirurgião plástico é mais do que alguém que interpretará exames e usará o bisturi para moldar o seu novo nariz, é alguém que dará forma ao seu sonho. Isso é sério demais para não ser considerado na escolha do profissional e é a isso que nos propomos: oferecer um cuidado com carinho, excelência técnica e segurança.
bottom of page